25 de out. de 2009

2ª Catequese: “Ora et Labora”(Ora e trabalha)

Olá Sentinelas, a paz de Jesus! Esse novo texto fala da nossa missão, em nossos grupos de oração!

Dom Alberto Taveira presidiu a celebração de encerramento do Congresso Nacional e em vários momentos relacionou a vida da RCC com a do Santo que era celebrado naquele dia: São Bento. Aos membros da RCC, deixou uma missão: a vida de comunhão dentro do Grupo de Oração e a busca constante de formação.
Dom Alberto começou a Liturgia recordando os apóstolos, lembrando que aqueles homens, antes temerosos, ao receber o Espírito Santo se transformaram “em pregadores ardorosos da Palavra”. Salientando, em seguida, que hoje somos nós os escolhidos por Jesus, e que Ele nos deu responsabilidades.
Aos que sentem medo diante da missão consolou: “O Senhor não nos abandona. No nome de Jesus podemos vencer tudo. O Mandato foi dado também a nós, de irmos até os fins da terra. Não nos faltam pessoas que servem de referência ou modelo.”
Ao dizer isso, Dom Alberto, citou como modelo São Bento, patrono da Europa, falando rapidamente sobre a experiência do Santo. Com menos de vinte anos, São Bento resolveu se isolar para viver seu ‘embate pessoal de descoberta de Deus’. “Ele ensinou que nada devemos antepor a Cristo. Nada antepor, é dizer ‘Jesus Cristo é o Senhor!’ Que nada passe a frente Dele, nenhuma outra coisa seja preferida no lugar de nosso Senhor Jesus Cristo. São Bento viveu uma experiência de solidão - não de afastamento, mas de solidão habitada por Deus. E isso é que faz sentido. Essa solidão experimentada por São Bento é digna! Essa solidão habitada por Deus, atraiu outras pessoas, e a família cresceu! Cresceu como uma vocação”, explicou.
E seguiu: “Quando você descobriu a graça da Renovação Carismática Católica, certamente, você teve que dar um passo pessoal, e não serão poucos os momentos na sua vida, em que você será chamado a se defrontar com o seu Senhor. Afinal o que você quer, o que você procura, aonde você quer chegar? Essa resposta é pessoal! Muita gente vai passar toda sua existência sem se confrontar com essa pergunta!”
O Arcebispo aconselhou que ninguém deixasse para fazer seu “confronto com Deus” na “última hora”: “Quem, neste Congresso, não fez isso, gastou tempo e dinheiro. Quem veio aqui para passear, volta triste para casa. Pode voltar preenchido de Deus, feliz da vida, aquela pessoa que levou a sério. ‘Pode-se construir uma nação num dia’, perguntava o Marcos (em sua pregação), e eu pergunto: pode se construir um homem e uma mulher num dia, num Congresso? Sim, a construção acontece quando você experimenta essa profunda realidade da efusão do Espírito Santo. E o primeiro fruto é você proclamar o Senhorio de Jesus e essa proclamação realiza a sua existência. Volte para casa com a marca desse encontro pessoal com o Nosso Senhor”, ensinou. “Você precisa ter coragem de levar esta experiência do chamado do Senhor, do toque da sua graça em sua vida”, completou Dom Alberto.
Na seqüência, falou sobre a importância de vivermos o seguimento a Cristo em comunidade, dando como exemplo, dentro das realidades da Igreja, a RCC: “Uma das coisas que mais me impressionam na Renovação é que ela é uma graça coletiva, comunitária. A comunidade básica da RCC se chama Grupo de Oração. Não tenha medo do seu Grupo, não fuja dele, não queira ser carismático estrela, seja carismático comunhão! Para isso foi a experiência de São Bento! Logo, muitas pessoas uniram-se a ele. A experiência da Igreja também é comunitária, é de crescimento no relacionamento com os outros. Superar o isolamento, ter com quem partilhar, para que você vença seus defeitos pessoais, suas manias. Para purificar essa rede de relacionamentos da RCC, do ciúme, das invejas, dos interesses”, exortou.
Na continuidade, deixou uma missão para quem participou do Congresso: “Não se isole, descubra a força da comunhão, a força do Grupo de Oração, do relacionamento”. Dom Alberto ainda pediu que todos buscassem constante formação. Ao dar essa tarefa, disse que considerava a RCC como a “porta mais aberta dentro da Igreja”, por acolher pessoas de todos os jeitos: “A RCC acolhe quem está bem, quem está mal, gente começando, com formação, e isso é muito bonito”.
E reforçou a vocação do Movimento: “Seguir a Jesus e proclamar o Senhorio Dele, vivendo em comunidade. Sejam a porta da catequese, da formação, especialmente para muitos jovens e adultos. Chamem as pessoas para a Igreja, por favor! Vocês vão encontrar muita gente que não recebeu os Sacramentos. Pessoas que estão sem o Batismo, Eucaristia, Crisma. Gente que nunca leu a Bíblia, que vai precisar de você, de sua palavra e testemunho. (...) O medo se vence porque caminhamos juntos em comunidade. A RCC será como o eco da Palavra de Deus e da Palavra da Igreja para chegar aos mais distantes se buscar sinceramente a formação.”
E concluiu, voltando a referir-se a São Bento. “O resumo do carisma beneditino está em duas palavras ora et labora - reza e trabalha! Rezar e trabalhar! A RCC tem uma vocação de oração, nossos grupos de oração, não são grupos de discussão, estudo, são, em primeiro, lugar de oração profunda. RCC intensifique sua vida de oração, especialmente a sua vida com a Bíblia e a partir da Bíblia! É o nosso tesouro! (...) No primeiro dia (de Congresso) o Evangelho nos pedia operários para a messe. E é assim que eu quero terminar, pedindo a vocês, que vieram, para concretizar a belíssima consagração que fizemos há pouco. Que todos saiam daqui, como operários, como trabalhadores, servidores, com espírito apostólico, com coragem, não gente desanimada. E você saiba glorificar ao Pai do céu, proclamando na sua vida, comportamento e palavras este Senhorio de Jesus. Deus nos reuniu para proclamar de novo que ‘Ele é o senhor', Ele já é o Senhor, mas era preciso que acolhêssemos de novo. E a Renovação, voltando às suas fontes, possa sair deste Congresso, com novo vigor, nova disposição para servir Jesus Cristo, glorificar ao Pai e deixar-se conduzir pela ação do Espírito Santo. Programe sua vida com essas perspectivas de missão que o Senhor nos suscitou no dia de hoje”, disse.

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